17.12.06

DESIGUALDADES EDUCATIVAS ESTRUTURAIS NO BRASIL: ENTRE ESTADO, PRIVATIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO



ECS 11
As desigualdades no Brasil são grandes em todos os setores.
Na educação, é visível que só consegue uma bos formação, quem tem dinheiro e pode pagar uma rede particular. E essas desigualdades definem a qualidade do emprego de cada um.
A rede pública, sucateada, sem estrutura, com professores mal pagos, atende a grande maioria dos estudantes. Enquanto a rde particular atende a minoria elitista, em escolas com ótima infra-estrutura e professores que recebem salários adequados ao seu esforço e dedicação.
As disparidades também aparecem na zona rural, onde a oferta é da rde pública, mas as famílias abastadas deste locais, preferem o ensino particular, mesmo que as escolas estejam localizadas a quilômetros de distância. Provando com isso, que não acreditam no ensino público.
Políticas educacionais são implantadas, sem consulta aos principais envolvidos no processo, como os Parâmetros Curriculares, que estabelecem objetivos os quais os professores devem desenvolver com os alunos, quando antes de tudo, os professores enfrentam questões de drogas, prostituição, gangues, violência, fome, miséria, criminalidade, tendo que trabalhar sobre estes problemas, que são sociais e compromisso dos governos.
Sem contar que os objetivos são pensados a nível nacional, para alunos de diferentes posições sociais e pertencentes a diferentes grupos sociais, não contemplando a bagagem cultural do aluno.
Além de ter que enfrentar todos os tipos de problemas na escola, os professores ainda têm que organizar eventos para arrecadar fundos, que mantenham a sucateada estrutura das escolas. A verba repassada para as escolas para este fim, não é suficiente e as direções não conseguem manter os gastos com a infra-estrutura.
Enquanto os governos não pensarem em políticas públicas sociais que sejam voltadas para as necessidades das camadas populares, que amenizem os problemas de redistribuição de renda, emprego, habitação, saneamento, saúde, os professores não conseguirão trabalhar decentemente com seus alunos.
Outro fator que considero importante nas políticas educacionais é a inclusão.
De acordo co a Lei de Diretrizes e Bases, os alunos com necessidades especiais devem ter matrícula garantida nas redes de ensino. Concordo com a inclusão, (ver wikistórias - sala necessidades especiais) desde que as escolas tenham condições de receber estes alunos. Na realidade, eles são "excluídos", pois são colocados nas turmas, sem que os professores tenham a mínima formação para atendê-los. Se não houver muito amor e dedicação para trabalhar com estes alunos, eles simplesmente passarão pela escola..
Embora a lei exista dizendo que todos têm direito à educação, sabemos que isto não acontece, porque uma parcela muito grande de crianças, jovens e adultos, sequer são alfabetizados. Provando com isso que a escola pública não dá conta do seu papel e a escola particular só atende àqueles que podem pagar pela educação.
Já nas universidades públicas, os alunos que as frequentam, são oriundos das escolas particulares, pois estão muito mais bem preparados para o acesso, que é mediante exame vestibular, e têm condições de frequentar cursos pré-vestibular, que têm custos altos, não dando chances àqueles que não têm condições financeiras para pagar.
Para que haja justiça e igualdade de direitos, é preciso que as políticas públicas sociais sejam repensadas, que recursos sejam investidos na educação, que os professores tenham melhores condições de trabalho e salário, só assim, um dia poderemos ter igualdade na educação.

Um comentário:

Suzana Gutierrez disse...

Oi Cleide

Ontem ainda assisti a polêmica da implantação de uma política pública que, entre outras coisas, congelaria por dois anos os salários já minguados dos professores do Estado.
E o pior, todos assistindo... como se não fosse algo para se agir contra e com muita veemência.
...
abraço,
Suzana