24.12.06

ECS 11 - GRUPO G - POSTAGEM FINAL - BLOG COLABORATIVO

DESIGUALDADES EDUCATIVAS ESTRUTURAIS NO BRASIL: ENTRE ESTADO, PRIVATIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO


GRUPO G

Participantes do grupo: Cleide, Ivanize, Magali Borne, Maria Luiza, Marlene, Tânia Bernardon ,Márcia Santos
A Educação no Brasil parte de uma desigualdade social muito aparente e gritante.E esta situação é descrita no texto e podemos considerar a existência de 4 períodos na história:1º) 1934-1962 – Marcado pela discussão entre católicos e leigos. Os primeiros defendiam uma concepção religiosa e queriam o financiamento público para a educação particular. Os segundos estimavam que a escola pública estivesse apta a dar as mesmas condições educativas para todos. Este primeiro período fez surgia a primeira LDB, este período não constituiu muito avanço na constituição do sistema público de Educação.2º) 1962 – 1964 – Movimento de educação Popular- existiu graças a atuação de Paulo Freire e colocou em debate a Educação para Adultos.3º) 1964 e vai até a década de 80, com o regime Militar, era baseado num regime autoritário muito combatido pelos educadores.4º) Começa nos anos 80, quando retorna a democracia e faz retornar à escola os menos favorecidos e surge uma nova LDB em 1996 que está em vigor.Apesar de todas as lutas a diferença entre escolas públicas e particulares continua existindo. Muitos caminhos ainda têm que ser percorridos e muitos tabus e idéias para serem desmistificados e enquanto existirem interesses secundários influenciando a tomada de decisões, interesses políticos e financeiros tende a continuar existindo a desvalorização do processo Educativo.Muito tem se feito, muito tem se discutido e todos os brasileiros esperam que muitos resultados positivos apareçam no setor educacional


IMPLICAÇÕES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO COTIDIANO DA ESCOLA E NO TRABALHO DO PROFESSOR O cenário brasileiro atual, apresenta uma caracterização preocupante, no âmbito social e educacional.Políticas educacionais que mascaram o sistema educacional e políticas sociais que mascaram a situação econômica do país, enganam e fragilizam a população.Ações da política educacional, que vêm de cima e devem ser acatadas pelas instituições, necessitam de mudanças. Exemplificando:* Parâmetros Curriculares - são elaborados a nível nacional por um grupo que não conhece as realidades escolares, para alunos de diferentes posições sociais e que pertencem a diferentes grupos sociais. Não são consideradas a realidade e a bagagem cultural dos alunos. Além de que, antes de qualquer conteúdo disciplinar, o professor precisa trabalhar assuntos como drogas, prostituição, gangues, fome, miséria, criminalidade, violência, que são visíveis e latentes nas escolas.Estes são problemas sociais, que deveriam ser resolvidos pelos governos e não por educadores dentro de suas salas de aula. A educação sozinha não pode assumir a solução dos problemas sociais.* Livro didático - dentro das escolas, os professores organizam-se para fazer as escolhas, para que cheguem até as mesmas, livros que não foram nem cogitados na relação de preferidos. Claro exemplo de ação política que deve ser modificada.* Bolsa escola - política social implantada como solução para a permanência da criança na escola. AS crianças até ficam na escola, em compensação muitos pais e mães dessas crianças, vêem neste auxílio a sua fonte de renda, não procurando trabalho e vivendo do que deveria ser da criança.* Repasses de verbas para as escolas - tanto o governo federal, quanto o municipal, repassam verbas para que as escolas mantenham sua infra-estrutura, materiais didáticos, de laboratório de informática e outros tantos. Porém, as verbas repassadas representam uma parte muito pequena do que as escolas necessitam. O que acontece então? Direção e professores realizando promoções para arrecadar fundos com o objetivo de manter a escola.* Inclusão - de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, os alunos com necessidades especiais têm matrícula garantida na rede de ensino. Não sou contra a inclusão, desde que as escolas tenham estrutura para manter dignamente estes alunos na escola. Eu mesma alfabetizei uma aluna com síndrome de Down. Sofri muito para alfabetizá-la, pois não tinha nenhum tipo de ajuda ou apoio e além dela, havia mais vinte e oito alunos. Acho que isto não poderia acontecer. Políticas que devem ser modificadas.* Número de alunos - são estipulados "números", para serem colocados dentro das salas de aula. Alunos não são "números". Como poderemos ter uma educação de qualidade, quando as salas estão lotadas e o professor não pode nem se locomover entre os alunos ou simplesmente fazer um trabalho em grupo? Outra ação política que precisa de acertos.


Educação escolar e políticas públicas no Brasil
Discutir sobre políticas públicas no nosso país é sempre uma questão delicada. Cansados de ver e ouvir tantas barbaridades feitas com o dinheiro público, a crença na melhoria do país através das políticas públicas nos causa muitas descrenças.
O investimento em políticas públicas é fundamental para a diminuição das desigualdades sociais no Brasil. E acredito que a educação seja a base para tudo!
As desigualdades, também presentes na educação, refletem o tipo de sociedade que tem se constituído nosso país, onde o fator econômico ainda é determinante: quem tem mais, investe mais!
Visitando o site do MEC percebe-se muitos avanços neste campo... Mas analisando dados de regiões distintas do país, comparando com outras realidades, nota-se que ainda temos um grande caminho a percorrer
. , tanto na educação básica quanto no ensino superior.
Na busca por uma educação de qualidade, oportunizando igualdade de condições a todos tem se feito alguns investimentos, que vale a pena refletir sobre as cotas para afrodescedentes, a ampliação do ensino fundamental, a formação de professores, o programa de alfabetização, o PROUNE,... entre outros.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado pela grande informação! Eu não teria descoberto este o contrário!